segunda-feira, 18 de março de 2013

Caminhos de Santiago - troço Golegã

Santiago A Câmara Municipal da Golegã, através dos seus Pelouros da Cultura e do Turismo do Município de Golegã, ao constatar o aumento de fluxo de peregrinos a Santiago de Compostela, deliberou apoiar a sua deslocação, delineando o Caminho de Santiago,aproveitando os troços utilizados pelos peregrinos ao longo dos vários períodos da nossa história, quer aqueles baseados nas descrições de Gianbattista Confalonieri (século XVI), quer aqueles que os peregrinos seguramente utilizaram até aos finais do século XVIII, seguindo então a antiga Estrada Real Lisboa-Coimbra.

É evidente a transformação e a alteração do "Caminho" através das épocas! E porquê? Porque a zona actual do Campo da Golegã e Azinhaga deixou de ser constituída por inúmeros pântanos, bunhais e pauis, vindo ainda a sofrer o Rio Tejo alterações do seu curso (daí o "Tejo Velho" e o "Tejo Novo"), sendo mais recentemente, no século XX, alvo de alterações ao nível das culturas e plantações, nomeadamente a vinha e o olival, terem sido substituídos por searas de cereais e tomate, registando-se para tal terraplanagens, com desvio de caminhos vicinais, entre outros, subsistindo somente as inundações cíclicas do Almonda, do Alviela e do Tejo. Logo, o caminho dos peregrinos a Santiago dos séculos XIX, XX e XXI, no território da Golegã, nunca poderia corresponder às descrições de Confalonieri, ficando somente as urbes como a Azinhaga e a Golegã como referência, já que os seus acessos mudaram, como é óbvio, de forma significativa, nomeadamente na Azinhaga, na qual já não passava a Estrada Real, mas sim a cerca de 1km.

Assim, o Caminho de Santiago, no Concelho da Golegã, que os peregrinos vinham utilizando até Fevereiro de 2013, descrito em muitos guias, apesar do mérito e do louvor daqueles que o tentaram identificar, não tem sustentabilidade!

O Município de Golegã, tentando que os peregrinos evitem trilhos demasiadamente longos, cansativos e desnecessários, além de pouco seguros e muito inundáveis, sinalizou um percurso, baseado no interesse histórico-cultural, que na maior

Mapa: